A inflamação crônica está envolvida em muitas doenças comuns, como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, fígado gorduroso e doenças intestinais, e também aumenta o risco de câncer. Para tratar essas doenças, a medicina até agora dependia principalmente de substâncias que inibem a resposta imunológica do corpo. No entanto, estes geralmente têm efeitos bastante inespecíficos, por um lado, e numerosos efeitos colaterais, por outro. Cientistas da Universidade Friedrich Schiller Jena e do Hospital Universitário de Jena uniram forças para avaliar produtos naturais selecionados e extratos de produtos naturais em combinação com nutrientes para o tratamento da inflamação crônica. O objetivo do novo grupo de pesquisa “nature4HEALTH” é elucidar os mecanismos de ação e eficácia de tais combinações.
Combinação de compostos naturais e nutrientes
Os ingredientes ativos à base de substâncias naturais com efeitos anti-inflamatórios incluem, por exemplo, extratos de resina de olíbano. Eles têm sido usados há milhares de anos na medicina popular ayurvédica para tratar doenças inflamatórias.
Os próprios metabólitos da vitamina E e nutrientes essenciais, como o selênio, também desempenham um papel importante na modulação da inflamação e oferecem potencial promissor para medicamentos eficazes. “Ao combinar compostos naturais promissores com nutrientes como selênio, vitamina E ou ácidos graxos ômega-3, queremos tentar melhorar sinergicamente as propriedades dos ingredientes ativos”, diz o Prof. Dr. Stefan Lorkowski, da Universidade de Jena, que coordena o trabalho do grupo de pesquisa junto com a Dra. Maria Wallert.
Os ingredientes ativos estão mais prontamente disponíveis quando embalados em nanopartículas
Os produtos naturais e os extratos de produtos naturais geralmente têm uma baixa disponibilidade que é difícil de controlar ou são ingeridos apenas em quantidades muito pequenas com os alimentos. Para transportar as potenciais combinações de medicamentos para o local de ação desejado no corpo de maneira direcionada, segura e eficiente, os pesquisadores querem “embalá-las” em nanomateriais feitos de polímeros sintéticos naturais e biocompatíveis. Desta forma, a biodisponibilidade é melhorada e uma liberação controlada é possível.
Com esse conceito, os pesquisadores também querem empacotar outros ingredientes ativos e combinações de medicamentos em nanomateriais no futuro e torná-los utilizáveis para aplicações médicas, enfatiza Maria Wallert. “Desta forma, queremos não apenas fornecer novas abordagens terapêuticas para o tratamento de doenças inflamatórias crônicas, mas também contribuir para uma melhor compreensão do efeito de produtos naturais, extratos de produtos naturais e nutrientes fisiologicamente relevantes como um todo.”
Fonte: Universidade Friedrich Schiller Jena